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A mostrar mensagens de outubro, 2005

As bonecas russas; Cédric Klapisch (2005)

Pára de sonhar. As princesas só existem nos contos de fadas. Sinto-me suja de tanto me armar em limpa. Às vezes, o temporário acaba por tornar-se permanente.

Blowup – história de um fotógrafo / Depois daquele beijo; Michelangelo Antonioni (1966)

Qual é o teu nome? Esquece. Para que serve um nome?! Como te chamam na cama? Ela não é bem minha mulher. É a mãe dos meus filhos. Não, não temos filhos; mas às vezes é como se tivéssemos. Ela não é bonita, é alguém com quem é fácil viver. Não, não é; por isso é que não vivemos juntos. – Estamos num local público; todas as pessoas têm o direito de ser deixadas em paz. – Se não há paz, não é culpa minha... Sabe, muitas raparigas pagar-me-iam para as fotografar. – Eu pago.

Aurora; F.W. Murnau (1927)

Quer o sol se levante e se ponha na confusão da cidade ou no céu aberto da aldeia, a vida é quase sempre a mesma; por vezes amarga, por vezes doce. [narrador]

O Sr. e a Sra. Smith / Um casal do barulho; Alfred Hitchcock (1941)

Não conheço melhor elogio do que este; quando um homem se senta à mesa com uma mulher durante três anos e continua a querer casar-se com ela, é porque é uma grande mulher. O carácter de um homem vê-se quando bebe de mais.

Kill Bill (vol. 2); Quentin Tarantino (2004)

Não és uma pessoa má. És uma pessoa sensacional. És a minha pessoa preferida. Mas, em certas situações, és capaz de ser uma verdadeira puta. [Bill] Há consequências quando se parte o coração de um filho da mãe de um assassino. [Bill] Para tua informação, deixar uma pessoa pensar que alguém que ama está morto, quando não está, é muito cruel. [Bill] Há algumas coisas que depois de feitas não podem ser desfeitas. – Dizem que o assassino n.º 1 de gente velha é a reforma. As pessoas que têm um trabalho para fazer têm tendência a viver um pouco mais para poder fazê-lo. Sempre imaginei que os guerreiros e os seus inimigos partilhassem o mesmo relacionamento. Agora que já não tens de enfrentar o teu inimigo no campo de batalha, que sentimento tens? Alívio? Ou Pesar? – Um pouco de ambos. – Tretas! Tenho a certeza de que sentes um pouco de ambos. Mas sei muito bem que sentes um mais que o outro. E a pergunta é: qual deles? – Pesar. [...] Agora, deixa-me responder melhor à pergunt

O castelo andante / O castelo animado; Hayao Miyazaki (2004)

Um bom lume arde nas situações mais difíceis. Vou deixar de fugir. Agora tenho algo para proteger... tu. [Hauru] Estás apaixonada. Não o negues, passaste o dia a suspirar. A vantagem de ser velho é que nada nos assusta. [Sofi]

King Kong; Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack (1933)

– Acha que ele é maluco? – Só entusiasta. – Esta noite há dezenas de raparigas nesta cidade que correm mais perigo do que se estivessem comigo. – Sim, mas sabem qual é esse perigo. O monstro contemplou o rosto da beleza, o que impediu a sua mão de matar. E a partir desse dia foi como se estivesse morto. [antigo provérbio árabe]

A sombra do vampiro; E. Elias Merhige (2000)

– Por que motivo queres estar numa peça, quando podes aparecer num filme? – Os aplausos do público dão-me vida. Esta... coisa [câmara de filmar] apenas a tira de mim. Alimento-me como os velhos urinam: umas vezes, tudo de uma vez, outras, gota a gota. Primeiro, tive um retrato dela em madeira, depois um relevo em mármore, depois uma imagem na minha mente... agora, nem isso tenho. As esquisitices de Schreck são como flirts . Acreditamos neles quando acontecem, mas param sempre a tempo, antes de magoar seriamente alguém.