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A mostrar mensagens de novembro, 2005

Imperdoável / Os imperdoáveis; Clint Eastwood (1992)

Se vou levar um tiro, antes esteja calor do que frio. Tudo me dói mais quando está frio. A majestade da realeza evita que seja cometido um atentado. Perante um rei, um assassino tremeria. O mesmo não acontece perante um presidente. Alvejar rápido e disparar bem é bom, mas ainda é melhor manter o sangue-frio. Matar um homem é uma experiência inesquecível. Tira-se tudo o que ele tinha e tudo aquilo que teria.

Embriagado de amor; Paul Thomas Anderson (2002)

Tenho um amor na minha vida. Torna-me mais forte do que tudo o que possa imaginar. [Barry Egan]

As duas irmãs / Solteiras às soltas; Alexander Hall (1942)

Há uma lei que é superior, a lei da selva! No que diz respeito à arte, nunca desistam! Vamos mas é dormir. Talvez consigamos esquecer.

A cadela; Jean Renoir (1931)

É um homem de cultura, educação e sensibilidade superiores à média; isso não impede que tenha ar de idiota.

O fiel jardineiro / O jardineiro fiel; Fernando Meirelles (2005)

Deus criou primeiro o homem, como rascunho, para poder criar a mulher. São as mulheres que fazem os lares. Os homens fazem as guerras. E o álcool. Não andes por aí a levantar pedras. Sobretudo em jardins estranhos; por vezes, encontram-se lá coisas terríveis.

O apartamento / Paixão à flor da pele; Paul McGuigan (2004)

O amor faz-nos cometer loucuras, coisas sem sentido. Coisas que nunca pensámos ser capazes de fazer. Às vezes, quando vemos uma pessoa ao longe, fantasiamo-la. Depois, quando a vemos de perto, geralmente desapontamo-nos. É a lei do universo. Tomas uma decisão, decides uma coisa, e eis que surge a tentação. As coisas não têm de ser extraordinárias para ser lindas. O vulgar também pode ser bonito. [...] por exemplo, estás a ver aquele casal? A forma como ela o abraça e ainda assim consegue segurar o seu café...

O crime do padre Amaro; Carlos Coelho da Silva (2005)

O mal, por vezes, vem de onde menos se espera.

Disparem sobre o pianista / Atirem no pianista; François Truffaut (1960)

Aquilo que fizemos ontem continua connosco hoje. O meu pai dizia das mulheres: «quem conhece uma, conhece-as a todas». A única coisa que peço de um homem é que me diga acabou , quando acabou. Até agora, isso nunca aconteceu. Quando já não me amares, diz-me. Não sei se sou um artista, mas preciso que acreditem que sou, para tentar sê-lo. – Nós gostamos de fazer este jogo em que eu sou a empregada de mesa e ele é o cliente. – É um jogo maravilhoso porque há sempre dois vencedores. – Nós usamos calças, mas elas roçam as pernas nas saias o dia todo. – E os padres? Também devem sentir qualquer coisa... – Os padres usam ceroulas. É bom esvaziar o saco diante de um estranho, de vez em quando.

A conspiração do silêncio; John Sturges (1955)

Creio que um homem nada é, a menos que defenda aquilo que é seu por direito. Um homem é tão grande quanto aquilo que o consegue enfurecer. Acredito que um homem é tão grande quanto aquilo que procura.

Não há como a nossa casa / Agora seremos felizes; Vincente Minnelli (1944)

O tempo, a maré e o eléctrico não esperam por ninguém. A erva é sempre mais verde no jardim dos outros. – Gosto desse perfume. – Gostas? É essência de violeta. Só o ponho em ocasiões especiais. – É exactamente igual ao que a minha avó usa.

As asas do desejo; Wim Wenders (1987)

Só com ele posso ser solitária. Só a ele me posso entregar totalmente e viver no labirinto da felicidade compartilhada. A solidão significa «sou finalmente um ser completo». Só um nó duplo não se desfaz. – Quero saber mais. Quero saber tudo! – Tens de descobrir por ti mesmo. Dá muito mais gozo. Para se olhar, não é lá do alto, é à altura dos olhos. Estrelas amarelas significam morte. Porque escolheram o amarelo? Girassóis; Van Gogh matou-se. Ainda ninguém conseguiu entoar uma epopeia de paz. Que tem a paz, que a longo prazo não causa entusiasmo e que pouco deixa por contar a seu respeito? Nostalgia de um amor que me animasse. É isso que me torna desajeitada, a falta de prazer. Desejo de amor. Desejo de amar. É fantástico viver espiritualmente. Dia após dia testemunhar para a eternidade o que há de puro, de espiritual nas pessoas. Mas às vezes farto-me desta eterna existência de espírito. Nessas alturas, gostaria de não pairar eternamente. Gostaria de sentir u

Virgem aos 40 anos / O virgem de 40 anos; Judd Apatow (2005)

– És virgem, qual é o problema? Tens que idade... 25? – 40. – Tens de resolver isso depressa. O teu problema é colocares as ratas num pedestal. – Ah, anda de bicicleta e faz magia! Fantástico! – Dado o sarcasmo ser para mim como uma língua materna, percebi perfeitamente o que disseste. [Marla/Andy]

O senhor da guerra / O senhor das armas; Andrew Niccol (2005)

Alguns dos relacionamentos mais bem sucedidos baseiam-se em mentiras e enganos. Já que geralmente terminam dessa forma, é lógico começá-los logo assim. Sabem quem vai governar o mundo? Negociantes de armas. O resto do mundo vai estar demasiado ocupado a matar-se. Vender uma arma pela primeira vez é como a primeira experiência sexual; estás excitado mas não fazes a menor ideia do que estás a fazer; e acaba sempre demasiado depressa. O problema das guerras entre traficantes de armas é que as munições nunca acabam. Costuma dizer-se que o mal prevalece quando homens bons não agem. Devia ser apenas «o mal prevalece». É mais rápido mudar governos com armas do que com eleições. Agora mandava-te para o Inferno, mas acho que já lá estás. O problema em sair com raparigas de sonho é que elas têm tendência a tornar-se reais. Gosto de ser judeu! Gosto do chapéu. Lembra-me que há algo acima de mim. Há duas tragédias na vida: não obter o que desejamos e obtê-lo. – É ass

Passarinhos e passarões / Gaviões e passarinhos; Pier Paolo Pasolini (1966)

Devíamos tentar acabar com a guerra e lutar juntos pela paz. Rua Benito Maci (desempregado) [placa com nome de rua]

A mulher que não sabia amar; Mitchell Leisen (1944)

É curioso sabermos tão pouco acerca de nós próprios. Aos 22 anos decidiu encontrar um marido. E encontrou, mas o marido não era dela. É uma patetice uma mulher adulta ser governada pelos desejos desesperados da sua infância.

Alice; Marco Martins (2005)

Coragem e estupidez são coisas muito semelhantes.

As rivais / As corças; Claude Chabrol (1968)

É bom usar as coisas alheias. Dá a sensação de mudarmos de pele. [Why] As boas contas fazem bons espiões. – Não dormes? – Impossível; estou demasiado cansada. [Frédérique/Why] Longe da vista, longe do coração.