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A mostrar mensagens de setembro, 2005

Colisão / Crash: no limite; Paul Haggis (2004)

Pensas que sabes quem és? Não fazes ideia. [Ryan] Tem que ver com o toque. Em qualquer cidade, caminha-se. Passas por outras pessoas, que roçam por ti, que te tocam. Em Los Angeles, isso não acontece. Estamos sempre atrás do metal e do vidro. Penso que sentimos tanto a falta desse toque, que colidimos uns nos outros, apenas para podermos sentir alguma coisa.

Estranhos de passagem / Coisas belas e sujas; Stephen Frears (2002)

Mordi. Na fábrica. Ele disse que ia denunciar-me à Imigração, e fez-me chupar. Mas hoje eu mordi. Mordi. Mordi. [Senay] – Como é que nunca vos vi antes? – Porque nós somos as pessoas que vocês não vêem. Somos aqueles que conduzem os vossos táxis; limpamos os vossos quartos; e vos fazemos mamadas. Ser bom no xadrez geralmente significa não ser bom na vida. Tens consciência de que ela está apaixonada por ti, não tens? Estive com ela 20 minutos, e notei isso. Mas, enfim, sou mau no xadrez...

Um coração selvagem; David Lynch (1990)

– Pareces um palhaço, nesse estúpido casaco. – É um casaco de pele de cobra! Para mim é o símbolo da minha individualidade, a crença na liberdade pessoal. [desconhecido/Sailor]

Os Vampiros; Louis Feuillade (1915)

Já há vários meses que não ouvimos falar dos Vampiros. Mas podemos ver a suas mãos hábeis por trás dos acontecimentos misteriosos que têm sido notícia ultimamente...

Spider / Desafie sua mente; David Cronenberg (2002)

As roupas fazem o homem; quanto menos houver desse homem, mais necessidade ele terá das roupas.

Os Edukadores; Hans Weingartner (2004)

Há pessoas que nunca mudam. – Admito que têm razão em algumas coisas, mas não sou a pessoa que deve ficar com as culpas. Sim, tenho jogado o jogo, mas não fui eu que criei as regras. – Quem é o culpado: quem inventou a arma ou quem aperta o gatilho?

Dune / Duna; David Lynch (1984)

Um começo é um tempo muito delicado. – Tentaram e falharam? – Tentaram e morreram. Não devo deixar que a minha paixão interfira com o meu bom senso. Não devo ter medo. O medo é o assassino da mente. O medo é a pequena morte que traz destruição. Vou enfrentar o meu medo. Vou permitir que passe por mim e através de mim. E quando o meu medo tiver partido, vou voltar e enfrentar o trilho deixado por ele, e permanecerei eu, apenas. Há algo que não muda dentro de um homem que dorme e raramente acorda... Aquele que dorme deve acordar!

A bela de Dia / A bela da tarde; Luis Buñuel (1967)

– É fácil vestir bem, quando se tem dinheiro. – Mas classe é uma coisa que não se compra.

A Gaivota Negra; Mitchell Leisen (1944)

Há uma altura em que um homem pode esquecer o futuro, porque tem o presente nos braços. Já devia saber que uma mulher nunca se decide. – Tem filhos? – 13. Outro está para nascer; não queremos ter azares. Percebi que um homem pode ser livre, apesar das consequências. Uma mulher só pode ser livre por um dia e uma noite. As pessoas muito ricas raramente são felizes; não têm tempo para se divertir. As mulheres gostam de vaguear e viver aventuras durante algum tempo, mas o instinto acaba por ser mais forte; têm de ter o seu ninho.

Nosferatu, o vampiro; F.W. Murnau (1922)

Vai custar-lhe suor e lágrimas e talvez... um pouco de sangue. Calma, jovem. Não se pode escapar ao destino fugindo a correr. Esta é a sua mulher? Que pescoço encantador...

Suspeita; Alfred Hitchcock (1941)

Penso sempre nos meus assassinos como meus heróis. [Isobel Sedbusk, escritora de livros policiais] Se se vai matar alguém, faz-se do modo mais simples. – Quantas mulheres houve na sua vida? – Uma vez à noite comecei a contá-las como se fossem carneirinhos... cheguei a 73 e adormeci. É a primeira mulher que conheço que me diz sim quando quer dizer sim .

As aventuras de D. Juan; Vincent Sherman (1948)

A espada não é para os traidores. Morrerás pelo punhal! Matando-o, iríamos transformá-lo em mártir, o que só aumentaria a sua reputação. Lutei por coisas que valessem a pena, como mulheres bonitas. Assusta-me que haja quem lute por causa de mais um bocado de terra. Num conflito é melhor ficar de um dos lados. Estar no meio é frequentemente mais perigoso. Há um pouco de D. Juan em cada homem. Como eu sou o D. Juan, deve haver mais em mim. Há quem prefira a conquista da beleza à conquista de um trono. A confiança ganha-se pelos actos, não pelas palavras. Nunca se deve fechar os olhos à beleza. Abri os vossos e tereis o amor de vossa mulher. O amor não se mede em tempo mas sim em êxtase. Um pintor tem de praticar antes de criar a sua obra-prima. Recusarias essa mesma prática a um apaixonado?

Eva / A malvada; Joseph L. Mankiewicz (1950)

Apertem os cintos de segurança. A noite vai ser de solavancos! [Margo] O Ben tem 32 e parece ter 32. Parecia há cinco anos e continuará a parecer daqui a cinco anos. Odeio os homens! [Margo] – Sim, aposto que se ajoelhou, pediu perdão, deixou cair umas lágrimas. Tudo muito teatral! – Onde arranjaste esse cinismo? – Tenho-o desde que descobri que era diferente dos rapazes. No mundo do teatro, todos são culpados até prova em contrário. Esta é a diferença entre teatro e civilização. Afinal, nada teria valor na vida se não o tivéssemos à mesa, ao jantar ou na cama. Sem ele , seremos tudo menos mulheres. – Tens de deixar de fazer mal a ti e a mim com essas explosões paranóicas [...] É altura de saberes. Amo-te! És uma mulher bela e inteligente... – Um corpo com voz... – Bela, inteligente e uma grande actriz. Estás no apogeu da tua carreira. Nada te falta para ser feliz... – Só me falta a felicidade. – ... Mas deixas-te dominar pelos nervos e permites que uma garota te

O fantasma apaixonado; Joseph L. Mankiewicz (1947)

Pode parecer estranho, mas por vezes há um maior sentimento de solidão na companhia de outras pessoas, mesmo se as amarmos, do que se vivermos sós. [Lucy] Deverás fazer a tua vida entre os vivos e, quer encontres ventos brandos ou tempestades, descobrir sozinha uma forma de chegar no fim a bom porto. [Daniel] Afinal, não passa de uma mulher como as outras... um homem promete-lhe a lua e acaba por tirar-lhe tudo. [Daniel] – Não é nenhum crime estar-se vivo! – Não, e por vezes é uma grande inconveniência. Viver pode doer. – Ele apanhou-me desprevenida! – Minha querida, desde que Eva apanhou a maçã, nenhuma mulher foi apanhada completamente desprevenida. [Lucy/Daniel] Nunca fez mal a nenhuma mulher ter-me conhecido. [Daniel, em tom sugestivo] Vivi uma vida de homem e não tenho vergonha de o admitir. [Daniel]

O anjo azul; Josef von Sternberg (1930)

– Cóó... cóo... cococóoo... cóo – Cocorococóoooooo! Cocorocóooooooo! [Lola Lola/Immanuel] Os homens giram à minha volta como mosquitos à volta da luz. Se eles se queimam, que posso eu fazer? [Lola Lola] Porta-te bem. Não temas ninguém. [num letreiro]

O amanhecer dos mortos vivos / Despertar dos mortos; George A. Romero (1978)

Quando já não houver espaço no Inferno, os mortos vão andar entre nós.

Veneno europeu / Fogo de outono; William Wyler (1936)

O amor tem de parar antes do suicídio. – És o homem que amei durante vinte anos?! – Sou o homem que te amou durante vinte anos. É desistir que magoa. Já pensou o quão pouco feliz pode ser a mulher de meia-idade de um marido mais jovem? – Obrigado pelo convite, mas não sei como posso aceitar. Que pensariam os vizinhos? – Muito, sendo italianos. – E a educação? – Desisti. Aprendi coisas que não queria aprender. As pessoas viajam para fugir delas próprias. Estou pronto a esquecer, se também estiveres. As pessoas são transparentes, quando olhamos com atenção. – Deixe-me lembrar-lhe que Otelo acabou mal para o herói. – Não sou o Otelo, não estamos na Idade Média e não falamos em verso. – Pensava que as pessoas civilizadas sabiam onde pára um flirt . – Está a dar muita importância a uma coisa insignificante. Não faça coisas que não esteja preparada para assumir. – Sou indigna do seu descaramento? – Não é digna de nada. Olhe para si. Qualquer rapariga mod

A ilha; Michael Bay (2005)

Ter vontade de comer um hambúrguer não significa querer conhecer a vaca.

Mulan; Tony Bancroft e Barry Cook (1998)

A flor que desabrocha na adversidade é a mais rara e mais bela de todas. Por muito que os ventos soprem, uma montanha nunca se inclina.

A estranha passageira; Irving Rapper (1942)

O doutor Jasquith diz que a tirania é por vezes uma expressão do instinto materno. Se o amor de mãe é isso, não quero fazer parte dele. Um arquitecto! Posso chorar com orgulho. Uma tia jovem é a pessoa ideal para escolher presentes para raparigas. Não tenho medo. Não tenho medo, mãe. Não tenho medo. [primeiro dito instintivamente, depois com surpresa, por fim com firmeza e convicção] Oh, Jerry, não cobicemos a lua. Temos as estrelas. [Charlotte]