Sempre acreditei que o medo pertencia aos outros... aos mais fracos... até me acontecer a mim. Quando nos atinge, apercebemo-nos de que sempre lá esteve, esperando sob a superfície de tudo o que amámos. A pele arrepanha-se, o coração oprime-se e, então, olhamos para a pessoa que fomos outrora, descendo a rua, e perguntamo-nos se alguma vez tornaremos a ser essa pessoa. [Erica] De cada vez que algo que amamos desaparece, morre um pedaço de nós. [Erica] Há muitas maneiras de morrer, mas é preciso decidir uma forma de viver. Isso, sim, é o mais difícil. [Josai] É esmagador descobrir que há um estranho dentro de nós, um estranho que usa os nossos braços, as nossas pernas, os nossos olhos. Que nunca descansa e continua a respirar, a comer, a... viver. [Erica] Os mortos falam. Toda a gente fala. Quase toda a gente mente, mas os cadáveres não o podem fazer. No entanto, as mentiras também dizem algo de importante, porque as pessoas mentem com um objectivo. [Mercer...