O Barba Azul / Monsieur Verdoux; Charles Chaplin (1947)


– A vida é maravilhosa.
– Que tem de maravilhoso?
– Uma manhã de Primavera, uma noite de Verão, música, arte, amor.
– Amor?
– Existe, sabe?
– Como é que sabe?
– Já estive apaixonada uma vez.
– Uma atracção física por alguém?
– Foi algo mais do que isso.
– Ah, sim. As mulheres são capazes de mais do que isso.


– O aproximar da morte assusta.
– Se um ser por nascer soubesse que a vida se aproximava, sentir-se-ia igualmente apavorado.


– É uma das ironias da vida, fazer a coisa errada na altura certa.
– Ou, digamos, a coisa certa na altura errada.


– É um mundo cruel, e é preciso ser cruel para se sobreviver.
– Isso não é verdade. É um mundo estúpido, um mundo muito triste, mas a bondade pode torná-lo belo.
– É melhor ir embora, antes que essa filosofia me corrompa.


A violência gera mais violência.


Quando o mundo parece sombrio e escuro, então penso noutro mundo.


O desespero é um narcótico, leva a mente à indiferença.


– O bem e o mal são forças tais que demasiado de uma ou de outra nos destrói.
– O bem nunca é de mais.
– O problema é que nunca tivemos o suficiente. Não sabemos.


Diz que não pode haver bem sem mal, sendo o mal as sombras provocadas pelo sol.


Quanto a ser um assassino em série, o mundo não o encoraja?! Não fabricam armas de destruição com o propósito de matar em massa? Não mandam mulheres e crianças inocentes pelos ares? E fazem-no de forma muito científica. Por comparação, sou um assassino em massa amador.


A bondade pode ser mera conveniência.


A vida facilmente degenera para algo sórdido e baixo.


Há a tendência de rir nos funerais e chorar nos casamentos.


Se matamos um, somos assassinos. Se matamos milhões, somos heróis. A quantidade santifica.

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