Veneno europeu / Fogo de outono; William Wyler (1936)
O amor tem de parar antes do suicídio.
– És o homem que amei durante vinte anos?!
– Sou o homem que te amou durante vinte anos.
É desistir que magoa.
Já pensou o quão pouco feliz pode ser a mulher de meia-idade de um marido mais jovem?
– Obrigado pelo convite, mas não sei como posso aceitar. Que pensariam os vizinhos?
– Muito, sendo italianos.
– E a educação?
– Desisti. Aprendi coisas que não queria aprender.
As pessoas viajam para fugir delas próprias.
Estou pronto a esquecer, se também estiveres.
As pessoas são transparentes, quando olhamos com atenção.
– Deixe-me lembrar-lhe que Otelo acabou mal para o herói.
– Não sou o Otelo, não estamos na Idade Média e não falamos em verso.
– Pensava que as pessoas civilizadas sabiam onde pára um flirt.
– Está a dar muita importância a uma coisa insignificante. Não faça coisas que não esteja preparada para assumir.
– Sou indigna do seu descaramento?
– Não é digna de nada. Olhe para si. Qualquer rapariga moderna saberia lidar com isto. Tem uma concepção infantil de si; acha-se uma mulher mundana, mas não é.
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